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Governo italiano retira porta-aviões da Líbia

O governo italiano, que atravessa graves problemas orçamentários, decidiu retirar o porta-aviões "Garibaldi" das operações militares na Líbia, e com isso espera economizar aproximadamente € 80 milhões.

"Reduzimos os custos na Líbia, dos € 142 milhões previstos para o primeiro semestre deste ano, para menos de € 60 milhões para o segundo", informou o ministro da Defesa, Ignazio La Russa, depois de uma reunião do governo, que aprovou uma lei de refinanciamento das missões militares no exterior.

La Russa disse que "com a substituição do Garibaldi na Líbia por um navio menor, economizamos muitos milhões de euros".

"A economia será determinada em grande parte pela redução das despesas com pessoal", disse ele, frisando que a missão não vai sofrer atrasos por causa das funções do navio, que serão realizadas por operações a partir das bases e que a zona de exclusão aérea "alcançou a meta de 100%".

"Estudamos um mecanismo que torna desnecessária a presença do Garibaldi e de suas três aeronaves na área, o que representa uma redução de mil homens da tripulação", comentou o ministro da Defesa. 

A redução de custos da missão italiana na Líbia insere-se em um pacote de cortes orçamentários para todas as missões militares que Roma empreende no exterior anunciado hoje (7), logo após o país aprovar um programa para reduzir o déficit público e evitar que a Itália entre em uma situação semelhante à de Grécia e Portugal. 

De acordo com fontes oficiais, os ministros votaram, por unanimidade, cortes de €117 milhões e o refinanciamento de outros € 700 milhões. 

Segundo La Russa, a Itália manterá todas as suas missões no exterior, mas "o custo total cai cerca de € 120 milhões (R$ 262,3 milhões)". Além disso, "dos 9.950 militares mobilizados em missões no exterior, 2.078 voltarão para casa até o fim do ano".

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