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Governo italiano revoga expulsão de Alma Shalabayeva

O governo italiano revogou o decreto de expulsão contra Alma Shalabayeva, mulher do dissidente cazaque Mukhtar Ablyazov. Shalabayeva foi deportada forçadamente ao Cazaquistão junto com a filha pela polícia italiana e, segundo o dissidente, seria atualmente "refém do presidente Nursultan Nazarbayev".

"O governo italiano, considerando os perfis de proteção internacional que o caso levantou, ativou-se imediatamente para verificar as condições de permanência no Cazaquistão da senhora Shalabayeva e de sua filha", informou uma nota da Presidência do Conselho de Ministros da Itália.

O caso foi descoberto pelo jornal austríaco Kurier, segundo o qual Shalabayeva e sua filha foram detidas em uma casa perto de Roma após uma operação secreta das forças especiais italianas que durou mais de sete horas. Em seguida, foram levadas forçadamente dentro de um avião austríaco, pago pelo próprio Ministério do Interior de Viena, e deportadas ao Cazaquistão.

A mulher foi acusada de permanecer na Itália com um passaporte falso da República Centro-Africana. Muitos parlamentares dos partidos de esquerda da Itália, que apresentaram ontem uma interrogação para pedir ao governo esclarecimentos sobre o caso, avançaram a hipótese de que Shalabayeva e a filha foram deportadas em Astana por causa dos "laços de amizade" entre Nazarbayev e o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, e por evitar consequências nas operações de exploração petrolífera no Cazaquistão da estatal italiana ENI e nas operações de outras grandes empresas italianas que operam no país.

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