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Governo se compromete a proteger empresas italianas na Rússia

O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, presidiu uma reunião com empresas italianas na Rússia, convocada após Moscou nacionalizar várias empresas estrangeiras, e se comprometeu a protegê-las.

Na semana passada, o governo russo abriu uma nova crise com a Itália ao determinar a transferência temporária da subsidiária da empresa italiana Ariston, especializada em eletrodomésticos, para a Gazprom Domestic Systems, empresa estatal do grupo Gazprom, do mesmo setor.

“Nossa embaixada em Moscou está fazendo todo o possível: agimos imediatamente após a transferência, que dizem ser temporária, de Ariston para a Gazprom”, afirmou o chanceler italiano.

De acordo com Tajani, o governo italiano está trabalhando para prevenir mais casos como este e a premiê Giorgia Meloni também conversou diretamente com Paolo Merloni, presidente executivo da Ariston.

“Todos os ministros responsáveis pelo assunto foram mobilizados”, acrescentou ele.

O decreto firmado pelo presidente Vladimir Putin aplicou a mesma medida contra a alemã Bosch, e informa que a medida é temporária. Outras empresas italianas supostamente foram ameaçadas com a mesma ação.

Desde o início da guerra na Ucrânia a Rússia já assumiu as operações de outras empresas ocidentais, como retaliação a sanções de outros países contra empresas russas.

“Queremos fornecer a todas as empresas que operam na Rússia a maior proteção possível do governo. Esta não é apenas uma questão italiana, mas uma questão europeia e internacional. Queremos evitar operações semelhantes no futuro”, ressaltou.

Tajani defendeu que “nossas empresas que continuam legitimamente a trabalhar na Rússia” devem “ser protegidas num momento difícil porque já sanções da União Europeia e, portanto, também da Itália.

“Também tomamos medidas na frente da União Europeia porque toda a questão das sanções só pode ser abordada no contexto europeu.

Estamos trabalhando para encontrar uma solução que lhes permita obter compensação pelos danos que sofrem as empresas afetadas pelas sanções russas”, concluiu.

A fábrica do grupo Ariston em Vsevolozhsk, a 20 quilômetros de São Petersburgo, foi inaugurada em 2005, tornando-se líder na produção de aquecedores de água. A planta tem 64 mil metros quadrados, sendo 30 mil cobertos, e conta com 200 funcionários diretos e indiretos, além de outros 100 da rede comercial.

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