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FÁBIO BOTTO FARHAN: Greve geral dos transportes paralisa a Itália

A greve geral dos transportes públicos, realizada hoje na Itália, obteve uma adesão “quase total”, segundo os sindicatos que decretaram a iniciativa, obtendo uma adesão média nacional acima dos 84%.

Para o sindicato Fit-Cisl (Federação Italiana dos Transportes-Confederação Italiana de Sindicatos dos Trabalhadores), a greve de hoje foi “um sucesso unânime entre os trabalhadores” com “adesões quase que totais” e a “conseqüente paralise das ligações seja ferroviárias, seja do transporte público local”.

“A forte determinação dos trabalhadores por um novo contrato ainda mais indispensável em um momento de grave crise econômica que impõe uma imediata recuperação salarial.”
A greve dos transportes na Itália se estendeu a todo o território nacional. Segundo a empresa de transporte local, em Milão 68% dos ônibus e bondes ficaram parados. No entanto, os sindicatos falam de uma paralização de 80% na cidade.

Em Roma, 73% dos ônibus não estão circulando e, assim como em Milão, o metrô permanece fechado durante o dia inteiro. 80% dos trabalhadores das ferrovias estatais, que ligam as várias regiões do país, aderiram a greve.
A Fit-Cisl lembra que os sindicatos esperam “há mais de um ano que o governo intervenha para abrir as negociações” e que “a greve atual prevista para setembro foi adiada duas vezes na tentativa de encontrar uma solução positiva e poupar as conseqüências sobre os trabalhadores e cidadãos”.

Mas “ninguém moveu um dedo, nem os empregadores, nem o governo”, acrescentou.  A adesão à greve em cidades como Bologna, Nápoles, Veneza e Genova foi acima de 90%, causando grandes engarrafamentos no trânsito de automóveis das cidades. Em Turim, 76% dos motoristas de ônibus e bonde aderiram à greve.

Para o secretário geral da Fit-Cisl, Claudio Claudini, a greve “acontece em total respeito às normas assim como sempre foi assegurado pelo Sindicato Federal. O governo convoque imediatamente as partes e inicie uma negociação para obter em tempos brevíssimos um acordo que, como demonstram os fatos, os trabalhadores querem e estão dispostos a sustentar com a máxima energia e em todas as maneiras”. (ANSA)

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