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Greve geral paralisa Itália gerando caos no transporte

A Itália sofreu neste dia 25 uma greve geral nos sistemas de transporte, convocada por sindicados de base. A paralisação, apoiada pelas entidades CUB (Confederação Unitária de Base) e SGB (Sindicato Geral de Base), envolveu as empresas públicas e privada de transporte na Itália, de trem, ônibus, metrô, bondes, navios, rodovias e aeroportos.

Funcionários da companhia aérea Alitalia e da Ferrovie dello Stato aderiram à greve. De acordo com fontes locais, a Alitalia cancelou 240 voos nacionais e internacionais.

Devido à greve, muitos italianos decidiram se locomover de carro nesta sexta-feira provocando tráfego intenso e filas enormes pelas capitais.

A capital do país, Roma, é onde o clima de tensão foi o mais elevado, pois a paralisação envolveu outras entidades e temas sensíveis ao governo, como a gestão do lixo municipal. Roma ficou com a linha C do metrô fechada, e com a linha A operando com restrições. Linhas de ônibus também foram afetadas, com cancelamentos e reduções de veículos. “Uma minoria de sindicalistas tenta fazer três milhões de habitantes como reféns: trabalhadores, mães e pais que diariamente acompanham os filhos na escola. A maioria da população está cansada das greves injustificadas”, criticou, em uma postagem no Twitter, a prefeita romana Virginia Raggi, do partido Movimento 5 Estrelas (M5S). Por sua vez, o líder da legenda nacionalista Liga Norte, Matteo Salvini, que rompeu em agosto sua aliança com o M5S no governo italiano, demonstrou apoio à paralisação. “A maioria dos cidadãos está cansada de uma prefeita incapaz de resolver qualquer problema”, atacou. Várias cidades da Itália enfrentam problemas no transporte devido à greve, como Turim, Bolonha e Florença. Em Bari, no sul do país, cerca de 35 voos foram cancelados e há atrasos nos trens regionais. Na capital da Campânia, Nápoles, três linhas de ônibus não operaram, assim como a linha 1 do metrô e o funicular. Os sindicatos de base exigem aumento de salário, redução de funções durante o expediente, o fim da reforma trabalhista chamada de Jobs Act” e da “Lei Fornero”, que altera a previdência no país.

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