
“Habemus Papam”.
Após 18 dias da morte do Papa Francisco, a primeira rodada do segundo dia de votação do conclave, realizada nesta quinta-feira (8), terminou com a escolha do novo pontífice.
Por volta das 13h08 (horário de Brasília), uma fumaça branca saiu da chaminé da capela Sistina, indicando que os 133 cardeais eleitores chegaram a um consenso sobre o próximo líder da Igreja Católica Apostólica Romana.
Esta foi a quarta votação desde o início do conclave, em 7 de maio e confirmou que um dos prelados recebeu ao menos dois terços dos votos, ou seja, 89, e já aceitou a missão de comandar os cerca de 1,4 bilhão de católicos do mundo.
O anúncio dos nomes de batismo e pelo qual será conhecido o sucessor de Jorge Bergoglio será feito na sacada da “Loggia Delle Benedizioni”, da basílica, pelo atual cardeal protodiácono, o francês Dominique Mamberti, com a famosa frase: “Habemus Papam”.
A escolha do novo pontífice foi realizada por 133 cardeais, sendo sete brasileiros eleitores: Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, 75 anos; João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília e ex-prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada as Sociedades de Vida Apostólica no Vaticano, de 77 anos; Orani João Tempesta, 74 anos, arcebispo do Rio de Janeiro; Sergio da Rocha, arcebispo de Salvador, 65 anos; Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, nascido em 1967; Leonardo Steiner, 75 anos, arcebispo de Manaus e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); e Jaime Spengler, 65 anos, arcebispo de Porto Alegre e atual presidente da CNBB. Estavam aptos a votar apenas os cardeais com menos de 80 anos.
Inicialmente, o número total era 135 eleitores, mas, segundo o Vaticano, dois não participaram por causa de problemas de saúde: o espanhol Antonio Cañizares e o queniano John Njue, que negou estar doente e disse ter sido excluído do conclave.
Agora, é previsto que o decano do colégio, cardeal Giovanni Battista Re, falando em nome de todos os eleitores, solicitará o consentimento do candidato eleito com as seguintes palavras: “Aceita a sua eleição canônica como sumo pontífice?”.
Depois de receber o consentimento, ele pergunta: “Qual nome deseja ser chamado?”. Ao ter a resposta, dois oficiais cerimoniais, como testemunhas, redigem o documento de aceitação e registram o nome escolhido.