
O estilista italiano Giorgio Armani, considerado um ícone da moda mundial, faleceu aos 91 anos, informou a grife em nota.
A causa da morte não foi revelada, mas ele estava doente há algum tempo e foi forçado a abandonar os desfiles de seu grupo na Semana de Moda Masculina de Milão, em junho, na primeira vez em sua carreira que perdeu um de seus eventos de passarela.
O estilista programava reaparecer nos desfiles da Armani na Semana de Moda de Milão, no fim de setembro.
“Com profundo pesar, o Grupo Armani anuncia o falecimento de seu idealizador, fundador e incansável impulsionador: Giorgio Armani”, inicia o texto.
Segundo o comunicado, o “Senhor Armani, como sempre foi chamado com respeito e admiração por seus funcionários e colaboradores, faleceu em paz, cercado por seus entes queridos”.
Armani era sinônimo de estilo e elegância italianos modernos, com sua moda minimalista. Ao longo de sua carreira, combinou o talento de um estilista com a perspicácia de um empresário, liderando uma empresa com faturamento de cerca de 2,3 bilhões de euros por ano.
“Incansável, ele trabalhou até seus últimos dias, dedicando-se à empresa, às suas coleções e aos diversos projetos, tanto existentes quanto em andamento”, acrescenta a nota.
O grupo de moda destacou ainda que, ao longo dos anos, Armani criou uma visão que se estendia da moda a todos os aspectos da vida, antecipando os tempos com extraordinária clareza e concretude. Ele era guiado por uma curiosidade inesgotável e um foco no presente e nas pessoas.
Apelidado de “il re Giorgio” (“Rei Giorgio”, em português), Armani criou um império na indústria da moda de luxo e destacou-se em alta-costura, prêt-à-porter, acessórios, perfumes, joias, além de arquitetura de interiores e hotéis de luxo em cidades do mundo inteiro, incluindo Milão, Paris, Nova York, Tóquio, Seul e Xangai.
“Ao longo desse caminho, estabeleceu um diálogo aberto com o público, tornando-se uma figura querida e respeitada por sua capacidade de se comunicar com todos”, enfatiza, lembrando que o estilista “sempre esteve atento às necessidades da comunidade e se comprometeu em muitas frentes, especialmente com sua amada Milão”, ressaltou a empresa, que tem 50 anos de história.
Por fim, o grupo do estilista destacou que ele “sempre fez da independência, pensamento e ação, sua marca” e a “a companhia é o reflexo, hoje e sempre, desse sentimento”. “A família e os funcionários levarão o Grupo adiante no respeito e continuidade destes valores”, concluiu.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, lamentou a morte de Armani e destacou que, “com sua elegância, sobriedade e criatividade, ele trouxe prestígio à moda italiana e inspirou o mundo inteiro”.
“Um ícone, um trabalhador incansável, um símbolo do melhor da Itália. Obrigada por tudo”, escreveu ela nas redes sociais.
Já o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, lamentou a morte de “um talento atemporal e embaixador do ‘Made in Italy’ para o mundo”.
“Um visionário da moda, um intérprete refinado da elegância e da beleza do nosso país. A sua é uma história de sucesso extraordinária. Estamos com a sua família hoje, gratos pelo estilo extraordinário que ele transmitiu à Itália e ao mundo”, escreveu o chanceler italiano no X.