
O Papa Leão XIV reiterou que a Igreja Católica “não tolera o antissemitismo”.
Em sua audiência geral na Praça São Pedro, o pontífice americano relembrou os 60 anos da declaração “Nostra aetate” (“Em nosso tempo”), que aborda as relações do catolicismo com as religiões não cristãs.
Pela primeira vez na história da Igreja, um tratado doutrinal sobre as raízes judaicas do cristianismo começou a tomar forma, representando, nos planos bíblico e teológico, um ponto sem retorno”, disse Robert Prevost para os fiéis.
“Desde então, todos os meus predecessores condenaram o antissemitismo em termos claros. E eu também confirmo que a Igreja não tolera o antissemitismo e o combate, em nome do próprio Evangelho”, salientou o Papa, que ainda expressou “gratidão” por “tudo o que foi realizado no diálogo judaico-católico nas últimas seis décadas”.
“Não podemos negar que, durante esse período, também houve desentendimentos, dificuldades e conflitos, mas estes nunca impediram a continuidade do diálogo. Ainda hoje, não devemos permitir que as circunstâncias políticas e as injustiças de alguns nos afastem da nossa amizade, sobretudo porque já conquistamos muito até agora”, disse Leão XIV.



