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Silvio Barbato, programador cultural da embaixada do Brasil na Itália, estava no voo da Air France

Estava no Airbus 330-200 da Air France, que desapareceu na madrugada desta segunda-feira, o ex-regente Silvio Barbato, que foi titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de 1998 até 2006 e da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, em Brasília.

 

Segundo a produtora cultural Luiza Dornas, que trabalhava com Barbato em Brasília, a Air France confirmou, em um telefonema à família do maestro, que ele estava a bordo do avião.

 

Barbato iria reger em Kiev, capital da Ucrânia. Mesmo sem estar mais à frente da orquestra do Municipal do Rio nos últimos três anos, Barbato continuava muito próximo de seus músicos e, nos últimos meses, participou de mobilizações organizadas por eles contra uma lei que pretende transferir a gestão do teatro a uma organização social (OS).

 

No plenário da Alerj, numa recente audiência pública, ele regeu o coro do teatro no hino nacional brasileiro.

 

Além de reger como convidado de várias orquestras, Barbato organizou uma própria, chamada Camerata Brasil, para projetos especiais. Ele tinha dois projetos alinhavados para os próximos meses com esse conjunto: uma homenagem ao compositor Claudio Santoto (que foi seu professor e faria 90 anos de nascimento este ano) e outra a Charles Chaplin, nascido há 120 anos. Faria concertos comemorativos na rede de unidades do Centro Cultural Banco do Brasil.

 

Ele também fazia a programação cultural da embaixada do Brasil na Itália. Um de seus parceiros frequentes, o violonista Turibio Santos, lamentou a perda do amigo:

 

– O Silvio era um cara de bom coração, uma pessoa que tinha sempe um sorriso, carregava um enorme otimismo com ele o dia inteiro, adorava o Brasil e adorava Villa-Lobos. Foi um compositor tardio, mas maravilhoso.

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