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Novo sismo atinge Turquia e Síria; sismólogo italiano explica o fenômeno

Um novo terremoto de magnitude 6.3 na escala Richter foi registrado na fronteira entre a Turquia e Síria, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).

Segundo o USGS, o tremor ocorreu às 20h04 (horário local) e teve seu epicentro na cidade de Uzunbag, na província de Hatay, sul da Turquia, a 10 quilômetros de profundidade e próximo de Antioquia.

Na sequência, uma réplica de 5.8 graus foi registrado não muito longe de Samandag, uma cidade costeira ainda perto da fronteira com a Síria.

O ministro do Interior da Turquia, Suleyman Soylu, confirmou que até o momento ao menos três pessoas morreram, incluindo uma mulher que foi atingida por uma pedra, e 213 ficaram feridas.

Todos os feridos foram levados para o hospital enquanto as operações de busca em três prédios desabados continuam.

Já na Síria, as equipes da ONG “Médicos Sem Fronteiras” estão tratando vários feridos em hospitais e apoiaram clínicas no norte de Idlib.

“Continuaremos, também em colaboração com outras organizações, a prestar assistência médica e a distribuir bens de primeira necessidade ao grande número de pessoas afetadas enquanto houver necessidade”, afirmou a organização.

Correspondentes da agência de notícias AFP no local relataram que nuvens de poeira, causadas pelos colapsos, tomaram as ruas da cidade e vários feridos estão pedindo socorro.

O tremor também teria sido sentido no Líbano e no Iraque. O Diretório de Administração de Desastres e Emergências (Afad) pediu às pessoas na área que se mantenham longe dos prédios já danificados pelo terremoto anterior e se afastem das áreas costeiras por medo de que possa haver um aumento no nível do mar.

O prefeito de Hatay, Rahmi Dogan, anunciou que evacuações estão em andamento em todos os lugares afetados pelos novos tremores.

“O novo terremoto que abalou a Turquia ocorreu em uma área onde várias linhas de falha se cruzam, ou melhor, na parte sul da estrutura que foi ativada no último dia 6 de fevereiro, perto do costa turca e o chamado Arco de Chipre, que fica no leste do Mar Mediterrâneo e contorna a ilha de Chipre e depois passa pela fronteira entre a Síria e a Turquia”, explicou o sismólogo italiano Alessandro Amato, do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (Ingv), à agência Ansa.

No último dia 6 de fevereiro, os dois países foram devastados por um forte sismo que provocou mais de 47 mil mortes. As operações de busca, inclusive, continuam nas duas províncias mais afetadas: Kahramanmaras e Hatay.

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