
O Paris Saint-Germain goleou a Inter de Milão, na Allianz Arena, em Munique, por 5 a 0 e conquistou a Liga dos Campeões da Europa pela primeira vez na história, aumentando o jejum de 15 anos da equipe nerazzurra e do futebol italiano na competição de clubes mais cobiçada do mundo.
Além disso, trata-se da maior goleada das finais do torneio, levando em conta apenas a diferença de gols.
O PSG começou a partida em ritmo avassalador e não deixou a Inter respirar.
Foram dois gols em apenas 20 minutos, primeiro com Hakimi, que comemorou discretamente por conta de seu passado nerazzurro, após uma envolvente troca de passes com Vitinha e Doué, o nome do jogo.
Com apenas 19 anos de idade, o jovem ponta francês ampliou a vantagem em um contra-ataque puxado por Kvaratskhelia e Dembélé na esquerda. A bola ainda desviou em Dimarco antes de parar na rede de Sommer.
Mesmo com 2 a 0 no placar, o PSG manteve a superioridade sobre a Inter, que, com Barella e Çalhanoglu pouco inspirados, e Lautaro Martínez e Thuram isolados no ataque, pouco incomodava o adversário. Os gols também foram uma ducha de água fria sobre os mais de 50 mil interistas reunidos para ver a partida por telões no San Siro, onde a festa deu lugar ao silêncio diante da desvantagem no placar.
O clube italiano começou a se soltar somente depois dos 30 minutos do primeiro tempo e levou perigo com uma cabeçada de Thuram, porém fez pouco além disso.
Aos 18 minutos do segundo tempo, Doué foi acionado por Vitinha em contra-ataque e finalizou rasteiro, no canto da baliza de Sommer, deixando o placar em 3 a 0. Logo em seguida, a joia francesa foi substituída por Barcola e saiu de campo ovacionada pela torcida parisiense na Allianz Arena.
Já aos 27, Kvaratskhelia, ex-Napoli, avançou sozinho pelo campo de ataque e anotou o quarto gol do Paris. Ainda houve tempo para Mayulu, aos 41, fechar o caixão da Inter em Munique.
Esse é o primeiro título de um time francês na Champions desde 1993, com o Olympique de Marselha. Após ter juntado Messi, Neymar e Mbappé para tentar chegar ao topo da Europa, sem sucesso, o PSG, clube controlado pelo governo do Catar, viu os três craques saírem e passou a apostar mais no coletivo do que em nomes estelares.
Sob o comando de Luis Enrique, ex-Barcelona e ex-Espanha, o PSG montou uma equipe forte, baseada em jogadores como Donnarumma, Hakimi, Marquinhos, Vitinha, Kvaratskhelia e Dembélé. Ainda assim, quase caiu logo na primeira fase da Champions, na qual terminou apenas em 15º lugar.
A mudança de chave ocorreu na penúltima rodada, quando chegou a estar perdendo por 2 a 0 para o Manchester City, porém virou para 4 a 2 e se manteve vivo no torneio. Na rodada final, ganhou do Stuttgart por 4 a 1 fora de casa e se garantiu nos playoffs, despachando o Brest com 10 a 0 no placar agregado.
No mata-mata, o PSG deixou para trás Liverpool, Aston Villa e Arsenal, em duelos mais apertados do que a final contra a Inter, que sonhava com a tríplice coroa, mas terminou a temporada sem títulos e ainda com uma humilhação em Munique.
A “Beneamata” não conquista a Champions desde 2010 e perdeu a segunda final em três anos.