
Patrizia Messina Denaro, irmã do líder mafioso Matteo Messina Denaro, chefe da organização criminosa siciliana Cosa Nostra, voltou à liberdade após ter descontada a pena de 14 anos e meio de detenção no presídio de Vigevano Pavia, na Lombardia, norte da Itália.
Detida em 2013, ela foi condenada por associação mafiosa e extorsão.
A pena da criminosa decorreu de uma investigação de dezembro de 2013, quando as autoridades chegaram a uma rede de capangas de Messina Denaro, incluindo Patrizia, de 55 anos, que, na ausência do marido preso, detinha as rédeas da organização ao levar mensagens do “Padrinho” (seu irmão) para outros membros do clã.
Além dela, também foram detidos outros parentes do mafioso, como seu sobrinho Francesco Guttadauro e seus primos Giovanni Filardo, Lorenzo Cimarosa e Mario Messina Denaro. Empresários e funcionários públicos também fizeram parte da lista de mais de 30 criminosos presos em Castelvetrano, na Sicília, sul do país.
Os investigadores descobriram várias ligações na vasta rede de amizades e conexões comerciais que tornaram o clã Messina Denaro o mais poderoso economicamente da máfia siciliana naquela época.
No entanto, Matteo Messina Denaro só foi preso em 16 de janeiro de 2023 em uma clínica para um tratamento de câncer em Palermo, na Sicília. Ele foi condenado por seu envolvimento em dezenas de assassinatos, incluindo os atentados da Cosa Nostra em 1992, que mataram os juízes antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino.
Além dos assassinatos, ele foi considerado culpado pela morte de Giuseppe Di Matteo, filho de 12 anos de um mafioso testemunha do Estado que foi estrangulado e dissolvido em ácido em 1996, e pelos atentados a bomba em instalações de arte e locais religiosos em Milão, Florença e Roma que mataram 10 pessoas e feriram outras 40 em 1993.
O líder da Cosa Nostra faleceu de câncer em um hospital em Áquila, na região de Abruzzo, em 25 de setembro de 2023, aos 62 anos.