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Itália aprova decreto para reduzir imposto de renda

O governo da Itália aprovou um decreto para reduzir os impostos que incidem sobre o salário do trabalhador.

A medida chega em um momento de dificuldade para a base aliada, que enfrenta desavenças entre seus partidos e a incerteza provocada pela renúncia do chanceler Luigi Di Maio ao cargo de líder do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), maior bancada no Parlamento.

O decreto aumenta de 80 para 100 euros o desconto mensal na alíquota do Imposto de Renda para Pessoas Físicas (Irpef) e estende o benefício para todos aqueles que recebem 28 mil euros brutos por ano – o teto anterior era de 26,6 mil euros.

Além disso, pessoas que ganham entre 28 mil e 35 mil euros por ano terão uma dedução mensal de 80 euros. O governo calcula que o número de beneficiados pelo bônus subirá de 11,7 milhões para 16 milhões de pessoas. A medida entrará em vigor em julho e custará 3 bilhões de euros para os cofres públicos em 2020.

A redução do Irpef foi uma das principais bandeiras do governo de Matteo Renzi (2014-2016), que hoje lidera um partido minoritário na base aliada, o centrista Itália Viva (IV), e na época enfrentou a oposição do M5S.

“Essa é uma primeira intervenção concreta para uma ampla reforma do sistema fiscal”, afirmou o ministro da Economia da Itália, Roberto Gualtieri, do centro-esquerdista Partido democrático (PD).

Já o líder da oposição, Matteo Salvini, ironizou o decreto e disse que a “revolução fiscal” do premier Giuseppe Conte dará “46 euros por ano” aos cidadãos “3 bilhões de euros para 16 milhões de pessoas representam 46 euros por ano”, declarou. Na verdade, os recursos destinados ao bônus em 2020 equivalem a 187,5 euros por cidadão beneficiado.

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