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Itália aprova nova verba para áreas atingidas por terremotos

O Conselho dos Ministros da Itália (CDM), presidido pelo primeiro-ministro Paolo Gentiloni, aprovou um decreto que prevê o aumento de 70 milhões de euros na verba destinada às áreas atingidas pelos terremotos no país desde agosto do ano passado. O CDM também deliberou uma extensão do estado de emergência na nação, que foi adotado no dia 25 de agosto do ano passado nas regiões de Abruzzo, Lazio, Marcas e Úmbria, no centro do país, um dia depois de um tremor ter matado 299 pessoas em cidades como Amatrice e e Arquata del Tronto.   

O aumento, tanto da verba quanto do estado de emergência, foi aprovado devido aos eventos sísmicos e outros fenômenos meteorológicos excepcionais, como novos terremotos, enchentes, tempestades e avalanches, que aconteceram após agosto. O decreto de lei que autoriza medidas urgentes para as populações atingidas pelos tremores foi aprovado em dezembro pela Câmara e pelo Senado da Itália e prevê que 500 milhões de euros sejam destinados às áreas que sofreram e ainda sofrem com os tremores até 2022. Desde então, o CDM aprovou outros aumentos desta verba, como no começo de fevereiro deste ano, que foi o terceiro decreto do tipo. Já o estado de emergência já havia sido ampliado no último mês de janeiro. A decisão de aumentar a verba foi tida há poucos dias da Comissão Europeia ter dado um ultimato para a Itália corrigir sua lei orçamentária de 2017 e encontrar uma maneira de gastar 3,4 bilhões de euros a menos neste ano. Segundo um comunicado do poder Executivo da União Europeia, se Roma não agir de “modo crível” para reduzir suas despesas até o mês de abril, Bruxelas abrirá um procedimento por “déficit excessivo” contra o país. O Pacto de Estabilidade da UE obriga que seus Estados-membros não tenham déficits superiores a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), mas essa cifra pode variar de nação para nação. Dona de uma dívida astronômica, que supera os 130% do PIB, a Itália havia concordado em manter seu déficit estrutural (que exclui medidas de caráter emergencial tomadas pelo governo e os efeitos da conjuntura econômica) em 1,2% em 2017, mas a lei orçamentária aprovada pelo então primeiro-ministro Matteo Renzi prevê uma taxa de 1,6%.   

A série de terremotos no centro da Itália, que começou em 24 de agosto do ano passado, causou ao todo 333 mortes e provocou um dano de 23 bilhões de euros para o país e uma perda de 170 milhões de euros no setor do turismo das áreas atingidas.

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