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Novo escândalo de Berlusconi se chama “bunga-bunga”

Mais um inquérito do tribunal de Milão – a partir de uma rede de prostitutas ativas no norte da Itália – envolve e ameaça de perto o primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi. Ruby, jovem e linda marroquina – que na época tinha 17 anos – fez depoimento diante dos juizes milaneses afirmando que em 2009 esteve várias vezes na residência de Berlusconi em Arcore, junto com outras jovens, para participar de festas que se concluiam com a "brincadeira" do "bunga-bunga".

Berlusconi aprendeu a "brincadeira", segundo o depoimento de Ruby, com o seu amigo, o líder líbio Muhammar Kadhafi, que costuma fazê-la com seu harém. Ao fim dos banquetes, as moças tiram a roupa e dançam, se beijam e tomam banho diante de um grupo seleto de convidados, para divertir o "sultão", neste caso Berlusconi.

A jovem – como apurou a mídia italiana – afirma que teve relações sexuais com o chefe do governo, em troca de presentes preciosos. Os magistrados que investigam o caso disseram que não há queixa-crime contra Berlusconi.

O inquérito está aberto há vários meses, mas os juizes são muito prudentes. Mesmo porque o relato da moça é bastante contraditório, e envolve gente famosa na Itália, como o jornalista Emilio Fede, grande amigo de Berlusconi e diretor do jornal da TV Retequattro, uma das emissoras do premiê. Ruby vive numa casa-lar em Gênova, e já foi interrogada 15 vezes pelo juiz Antonio Sangermano, responsável por inquéritos sobre prostituição e extorsão.

O advogado do primeiro ministro, o deputado Niccolò Ghedini, declarou aos jornalistas que a história de Ruby não tem nenhum fundamento. Amigos de Berlusconi sugerem que, pelo menos neste caso, o chefe do governo estaria envolvido só porque vítima de uma chantagem.

Mas é difícil esquecer o caso de Noemi Letizia, a moça que festejou seus 18 anos diante de Silvio Berlusconi – a quem chama de "Papi". Um caso que teve consequências políticas e pessoais para o chefe do governo. Sua mulher, Veronica Lario, pediu o divórcio, declarando publicamente que não podia continuar casada com um "homem que frequenta menores", criticando a ética de um país onde – como escreveu – "alguns pais entregam suas virgens ao imperador". (Terra)

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