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Senadora italiana denuncia 24 pessoas por ameaças antissemitas

A senadora italiana Liliana Segre, sobrevivente do campo de extermínio nazista de Auschwitz, denunciou 24 pessoas por ameaças de morte e mensagens antissemitas recebidas nas redes sociais.

Entre os denunciados está o chef Gabriele Rubini, mais conhecido como Chef Rubio por sua participação em programas culinários na TV. Outras pessoas ainda estão protegidas pelo anonimato da internet e serão identificadas pela polícia.

As mensagens, segundo a denúncia, são de “natureza difamatória” e “frequentemente de caráter antissemita e desejando a morte de Segre”, que está com 92 anos de idade.

Por meio de suas redes sociais, Rubio se pronunciou sobre o caso e criticou a senadora por seu “silêncio ensurdecedor” a respeito da ocupação da Palestina por parte de Israel.

Nascida de uma família laica judia de Milão em 10 de setembro de 1930, Segre tinha apenas 13 anos quando foi deportada para Auschwitz-Birkenau, na Polônia, graças às leis antissemitas de Mussolini.

Ao chegar ao campo de extermínio, foi separada do pai, com quem não voltaria mais a se reunir. Com o número 75.190 tatuado no braço, a jovem fez trabalhos forçados em uma fábrica de munições e, em janeiro de 1945, participou da chamada “marcha da morte”, a transferência de prisioneiros da Polônia para a Alemanha.

Segre foi libertada em maio daquele mesmo ano pelo Exército soviético e passou a viver com os avós maternos, os únicos sobreviventes da família.

Em janeiro de 2018, após uma vida dando testemunho dos horrores do Holocausto e de sua superação, especialmente para jovens, foi nomeada senadora vitalícia pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella.

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