
A inflação na Itália avançou 1,7% em junho, na comparação com igual período do ano passado, e 0,2% em relação a maio de 2025, de acordo com dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat).
O resultado confirma as estimativas preliminares divulgadas em 30 de junho e indica uma aceleração do Índice Nacional de Preços para a Coletividade (NIC), que havia apresentado alta anualizada de 1,6% em maio.
Segundo o Istat, isso reflete a dinâmica dos preços de bens alimentares não manufaturados, que subiram 4,2% na comparação com junho de 2024, enquanto a expansão no mês passado havia sido de 3,5%, e dos serviços de transportes (de +2,6% para +2,9%).
Já o chamado “carrinho de compras”, espécie de cesta básica da Itália e que inclui alimentos, produtos de limpeza e de higiene, registrou alta anualizada de 2,8% em junho, contra 2,7% em maio.
Por outro lado, os bens energéticos tiveram avanço da deflação de -2% para -2,1%, após uma forte desaceleração do componente regulamentado (de +29,3% para +22,6%), como tarifas de luz e gás.
“Os dados do Istat confirmam o golpe que está atingindo as férias de verão dos italianos”, alertou a Codacons, principal entidade do país para defesa dos direitos dos consumidores. Segundo a associação, uma inflação de 1,7% representa um aumento de 559 euros (R$ 3,6 mil) nos gastos de uma família ao longo de um ano.