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Primeiro-ministro italiano Silvio Bersluconi é recebido em Roma pelo presidente Giorgio Napolitano

O presidente da República, Giorgio Napolitano, recebeu no Quirinale (Palácio da Presidência) o primeiro-ministro Silvio Berlusconi e o secretário de Estado da presidência do Conselho de Ministros, Gianni Letta, informou nota emitida pela presidência italiana. 

Ambos trataram da situação econômica do país, após a aprovação em tempo recorde do pacote de austeridade e em vista da cúpula europeia extraordinária em Bruxelas.

O 'cara a cara' com o presidente também teve uma conversa sobre dossiês abertos, tais como a substituição do ministro da Justiça, Angelino Alfano, após sua nomeação como secretário do PDL (Povo da Liberdade, partido do premier), posto que ele não pode desempenhar duas funções paralelas. 

No setor econômico, o foco do Quirinale é a preservação das contas italianas do risco de ataques especulativos, como demonstrado pela rápida aprovação do plano de austeridade.

Tal lei orçamentária aprovada em tempo recorde pelo Parlamento foi publicada no sábado (16) no Diário Oficial. E já surgem os primeiros efeitos no bolso. Aumenta a taxa para as comunicações sobre os depósitos de títulos acima dos € 50 mil e a carga tributária para os carros de luxo. Também entraram em vigor no domingo (17) o aumento do imposto para as concessionárias do Estado (Irap) e um tíquete sanitário de € 10 sobre as receitas médicas e consultas com especialistas, que algumas regiões do país decidiram não aplicar.

A secessão é o melhor remédio, segundo principal aliado do governo (Liga Norte, LN). ''Todo mês o pobre Tremonti (ministro da Economia) é obrigado a vender títulos do Estado porque, se não o fizesse, não se pagariam mais pensões e nem hospitais, o que seria um desastre. A estas alturas é melhor fazer a separação que seria positiva para o sul e para o norte, com acordos claros e amizade longa. A secessão seria o melhor remédio'', disse o líder da LN, Umberto Bossi, que voltou a falar da separação na festa do partido em Podenzano (Piacenza). 

A pauta da reunião entre Napolitano e Berlusconi também incluiu a fase pós-crise, a partir dos próximos compromissos que aguardam a governo e o Parlamento, com destaque para o decreto sobre a emergência do lixo em Nápoles, que teve o envolvimento pessoal de Napolitano e que hoje (18) chega à Câmara para sua promulgação. Berlusconi também tratará desse assunto com Bossi, cujo partido negou seu apoio.

A gravar sobre os equilíbrios internos dentro da maioria governista existe também o temor de novas investigações sobre mais parlamentares (como a prisão recente de Alfonso Papa), além de novas revelações sobre o inquérito P4 que envolve Marco Milanese, ex-colaborador do ministro da Economia, Giulio Tremonti.

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