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Corredor Vasariano é fechado por falhas de segurança

A direção das Gallerie degli Uffizi, museu renascentista situado em Florença, na Itália, anunciou o fechamento "imediato" do Corredor Vasariano, percurso que liga as galerias ao Palazzo Pitti, do outro lado do rio Arno, passando pela Ponte Vecchio.

A decisão foi tomada após uma vistoria do Corpo de Bombeiros ter encontrado falhas na segurança do local, principalmente nas normas de combate a incêndios. A atração tem cerca de 800 metros de comprimento, mas apenas duas saídas: uma no começo e outra no fim do percurso.

Além disso, contribuíram para o fechamento as elevadas temperaturas registradas nos últimos dias na capital toscana, tornando o local impróprio para o público. Atualmente, o corredor projetado por Giorgio Vasari no século 16 é acessível apenas a visitas em grupo e agendadas por operadores turísticos, porém o diretor das Gallerie degli Uffizi, Eike Schmidt, planeja abri-lo ao público.

Hoje o trajeto é feito sempre com guia e segurança, a um preço que parte de 45 euros (R$ 165) por pessoa. Em alguns períodos do ano, o espaço abre para visitação individual, mas os lugares disponíveis se esgotam rapidamente.

Para que o projeto de Schmidt se concretize, será preciso adaptá-lo às normas do Corpo de Bombeiros. "Há soluções, mas primeiro a direção do museu deve decidir o que fará com o Vasariano. Do jeito que está, não é utilizável nem para visitas ocasionais", afirmou o comandante Roberto Lupica.

O corredor também abriga cerca de 700 obras de arte, incluindo 500 retratos, que o diretor das Gallerie degli Uffizi pretende transferir para o museu, já que as condições ambientais do Vasariano, principalmente no verão europeu, não são propícias para a preservação de quadros.

"Com o fechamento, comunicado de uma hora para outra e sem a possibilidade de remarcar datas, os organizadores de passeios têm registrado milhares de cancelamentos forçados e contabilizam dezenas de milhares de euros em prejuízos imediatos", disse Pier Carlo Testa, presidente na Toscana da Federação Italiana de Empresas de Viagem e Turismo (Fiavet). Não há previsão para a reabertura do corredor.

Michelangelo – Além do Vasariano, outra atração de Florença que pode entrar na mira dos bombeiros é a Galleria dell'Accademia, que abriga o majestoso Davi de Michelangelo, principal escultura renascentista do mundo.

A Confederação Geral dos Sindicatos Autônomos dos Trabalhadores (Confsal), que já havia denunciado problemas de segurança no corredor, enviou uma carta às autoridades cobrando o respeito às normas também no museu.

Segundo a entidade, os banheiros públicos e os vestiários dos funcionários ficam no subsolo, com apenas uma saída de emergência, já que a segunda foi fechada para dar espaço à livraria da galeria. (Ansa)

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