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Itália diz que crise em Gaza pode prejudicar Israel

A Organização das Nações Unidas (ONU) enfrentou dificuldades em distribuir ajuda humanitária na Faixa de Gaza feita com 90 caminhões, enquanto ao menos 29 crianças palestinas morreram de fome no enclave nos últimos dias, segundo o Hamas.

Segundo a Itália, o que ocorre no local “poderá afetar também Israel”.

“Grupos humanitários têm enfrentado dificuldades significativas na distribuição de ajuda [nesta quinta] devido à insegurança, ao risco de saques e a problemas de coordenação com as autoridades israelenses”, disse Jens Laerke, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, acrescentando que a maior parte dos suprimentos está no lado de Gaza da passagem de Kerem Shalom com Israel.

Mais cedo, o presidente da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, Younes Khatib, já havia negado que os suprimentos da ONU tivessem sido entregues à população.

“A maior parte dos caminhões se encontra ainda em Kerem Shalom, onde acontece uma inspeção”, explicou Khatib.

No entanto, a Cruz Vermelha atualizou a informação dizendo que a ajuda humanitária foi entregue à população palestina, sendo uma parte doada a um hospital em um campo de refugiados. Após mais de 10 semanas bloqueando totalmente a distribuição de ajuda humanitária em Gaza, as autoridades israelenses autorizaram a entrada de caminhões.

“Preciso dizer a Israel que o que está acontecendo [na Faixa de Gaza] corre risco de afetar também os israelenses. Pelo fato desta guerra levar à morte de milhares de pessoas inocentes cria condições para que o Hamas encontre mais consenso”, afirmou o ministro italiano da Defesa, Guido Crosetto, ao dizer que “um país amigo deva dizer a [Benjamin] Netanyahu que ele está errado”.

“Devemos proporcionar segurança à Palestina e dar um futuro à ela”, acrescentou.

Dois funcionários da embaixada de Israel em Washington, nos Estados Unidos, foram mortos a tiros em frente a um museu judaico. Segundo relatos, o suspeito, Elias Rodriguez, de 30 anos, natural de Chicago, teria gritado “Palestina Livre” durante sua prisão.

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