
A Itália enfrenta uma severa onda de calor que colocou 17 importantes cidades do país em alerta máximo, número que deve aumentar para 18 nos próximos dois dias.
Com temperaturas ao redor de 40ºC, as capitais de província Ancona, Bolonha, Bolzano, Brescia, Florença, Frosinone, Gênova, Latina, Milão, Palermo, Perúgia, Rieti, Roma (também capital nacional), Turim, Trieste, Verona e Viterbo ganharam o “selo vermelho” do Ministério da Saúde, que indica “condições de emergência, com possíveis efeitos negativos” para pessoas “saudáveis e ativas, e não apenas para subgrupos de risco, como idosos, bebês e indivíduos com doenças crônicas”.
No decorrer da semana essas 17 cidades de norte a sul da Itália ganham a companhia de Campobasso, na parte meridional da península, que contabiliza as perdas e danos provocados pela onda de calor.
Uma mulher de 53 anos que sofria de problemas cardíacos morreu após um mal súbito enquanto passeava na rua em Bagheria, nos arredores de Palermo, na ilha da Sicília. Já na província de Vicenza, no norte, dois operários desmaiaram devido ao calor enquanto trabalhavam em uma cisterna, sendo que um deles está em coma.
Em Milão, uma turista chinesa de 66 anos passou mal com desidratação e teve de ser socorrida no terraço da catedral gótica da cidade. Segundo o presidente da Sociedade Italiana de Medicina de Urgência (Simeu), Alessandro Riccardi, o movimento nos prontos-socorros do país aumentou de 5% a 20% devido ao calor.
O fenômeno também provocou blecautes no centro de Florença e em diversas áreas de Bergamo devido ao excesso de demanda por ares-condicionados e ao superaquecimento da fiação subterrânea.
A onda de calor na Europa mediterrânea é gerada por um anticiclone proveniente do continente africano e deve durar ainda até o fim da semana. Esse fenômeno se caracteriza por uma zona de alta pressão formada por uma massa de ar seco e quente que dificulta o surgimento de nuvens de chuva e a chegada de frentes frias.