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Governo se opõe a cobrança de 50 euros para visto de “permesso de soggiorno” para estrangeiros

O governo italiano chefiado por Silvio Berlusconi se manifestou contra a proposta de introduzir uma taxa de 50 euros para cada visto de residência (permesso di soggiorno) solicitado por estrangeiros.

"Quando conheci o sentido da proposta, declarei se contrário e também os representantes do governo em reunião coincidiram com essa posição", declarou Berlusconi a respeito da negativa.

"É uma proposta que não veio da mesa de governo e quando tomamos conhecimento eu, de próprio punho, assinei meu não mais redondo", acrescentou o chefe de governo.

 

A emenda foi proposta por Cláudio D'Amico, expoente do partido conservador Liga Norte, que é uma das organizações políticas que formam a base da maioria governista de Berlusconi.

"Sigo considerando correta minha emenda e reitero a intenção de não retirá-la", declarou D'Amico após o rechaço do executivo.

Por sua vez, o presidente da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini, da também direitista Aliança Nacional, definiu a medida como "objetivamente discriminatória".

"Espero que a maioria da Câmara reflita antes de aprovar normas que nada têm a ver com a necessária luta contra a imigração ilegal e que são objetivamente discriminatórias em relação aos trabalhadores estrangeiros regularmente presentes em território nacional", afirmou Fini.

A Liga Norte pretendia introduzir a medida em um decreto-lei contra a crise financeira, propondo que os recursos provenientes com a taxa sejam encaminhados aos municípios para reforçar a vigilância e controle do território.

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