O ministro do Interior da Itália, Roberto Maroni, anunciou que foram intensificados os controles dos aviões originários de algumas regiões, como o Oriente Médio, depois que dois pacotes-bomba enviados aos Estados Unidos foram interceptados.
"Aumentamos a atenção e os controles das aeronaves que fazem escala na Itália provenientes de certos países", declarou o titular, acrescentando que há "uma troca de informações" com outras nações.
"Estamos em contato com os colegas europeus. O alarme, no entanto, não se refere à Itália como país de trânsito daqueles pacotes em direção aos Estados Unidos, mas em qualquer caso elevamos a atenção", assinalou Maroni.
Os dois pacotes-bomba haviam sido despachados do Iêmen e tinham como destino duas comunidades judaicas de Chicago. Os artefatos foram descobertos em inspeções feitas em um aeroporto britânico e em outro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Autoridades informaram que ambos poderiam ter explodido durante o voo. Ontem, uma estudante de Medicina foi presa em Sanaa sob suspeita de ter encaminhado os dois pacotes. A investigação chegou a ela graças a um número de celular encontrado na documentação sobre as encomendas.
O presidente do Ente Nacional para a Aviação Civil da Itália (Enac), Vito Riggio, disse que no momento não há voos de carga provenientes do Iêmen em trânsito pelo país, somente dois voos de passageiros que passarão durante a semana pelo aeroporto de Fiumicino, próximo a Roma, "sobre os quais reforçamos os controles".
"Intensificamos o nível de alerta, portanto os aviões serão colocados em um local à parte, será feita a inspeção pessoal de todos os passageiros, a inspeção do avião com cães e com detector de metais", declarou Riggio à imprensa italiana. "Estas medidas são consideradas no momento suficientes pela polícia", completou.