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Itália mantém preso alemão condenado por sequestro no Chile

A Corte de Apelação de Florença, na Itália, rejeitou um pedido de libertação de Reinhard Doring Falkenberg, um alemão de 75 anos preso no dia 22 de setembro em Forte dei Marmi, na região da Toscana. Os juízes afirmaram que há “risco de fuga”.

Falkenberg foi condenado pela Justiça do Chile em 2005 por sequestro de pessoa durante a ditadura de Augusto Pinochet (1974-1990). Ele foi considerado culpado pelo crime contra o fotógrafo ítalo-chileno Juan Maino Canales, 27 anos, militante do partido de esquerda Mapu.

Maino foi sequestrado ao lado de duas outras pessoas, Antonio Ormaechea e Elizabeth Rekas, a mando da polícia secreta chilena (Dina). O fotógrafo foi transferido para a “Colônia Dignidade”, transformada em um centro de tortura e extermínio de opositores políticos durante a ditadura.

Segundo a mídia chilena, Falkenberg era um dos líderes da Colônia Dignidade, que foi estruturada pelo ex médico nazista Paul Schäfer, e era um dos contatos dos agentes da polícia secreta.

Após ser condenado, o alemão voltou para seu país natal e vivia em Gronau desde então. Mas, em 22 de setembro, chegou a um hotel de Forte dei Marmi e a polícia foi alertada pelos funcionários do estabelecimento.

Os empregados viram que Falkenberg tinha um mandado de prisão internacional em aberto. Ele foi detido enquanto se preparava para ir a um jantar com a esposa.

No dia 24, foi emitida uma medida cautelar de restrição pela Procuradoria-Geral e, no dia 28, o alemão prestou depoimento à Justiça, que validou o pedido de detenção. Por isso, o advogado apresentou à Corte de Apelação um pedido de soltura.

O Ministério da Justiça, como previsto nesses casos, expressou seu parecer comunicando à Corte de Apelação que não tem nenhum obstáculo para a extradição do acusado e pedindo a manutenção da prisão cautelar.

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