O governo da Itália negou enfrentar uma crise diplomática com a França, após a embaixadora italiana em Paris ter sido convocada pelo governo do presidente Emmanuel Macron para prestar esclarecimentos sobre as declarações “inaceitáveis” do vice-premiê e ministro de Infraestrutura, Matteo Salvini.
Salvini criticou Macron por seu apoio ao envio de tropas para a Ucrânia e usou o dialeto milanês para falar que o líder francês deveria ir pessoalmente à Ucrânia combater na guerra deflagrada pela Rússia há mais de três anos.
“Não há crise diplomática com a França. Conversei longamente com [o ministro das Relações Exteriores, Jean-Noël] Barrot ontem, preparamos o G7”, afirmou Tajani, em entrevista coletiva na Reunião de Rimini, enfatizando que as relações de política externa são geridas pela primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e pelo chanceler do país, no caso ele.
Segundo o ministro italiano, o diálogo entre a premiê e o presidente francês, e suas conversas com seu homólogo, são frequentes.
“Se você quer alcançar resultados, é preciso focar nas ideias, mesmo quando há diferenças. Não é que sempre tenhamos as mesmas ideias com nossos amigos europeus, mas, na minha opinião, o sucesso é alcançado pela força das ideias e não pela força das palavras”, afirmou ele, ressaltando que sempre usa um tom calmo.
