O chanceler da Itália, Franco Frattini, declarou que acredita que o governo do ditador da Síria, Bashar al-Assad, pode sentir em breve o peso das sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Acho que o isolamento internacional pesará muito em breve se formos coerentes na aplicação das sanções", apontou o ministro italiano das Relações Exteriores em entrevista Skytg24.
Ele observou que "a Síria não é um grande produtor de petróleo, mas precisa de relações e da comunidade internacional", diferente da Líbia, que apesar das pressões internacionais e das sanções econômicas, não viu o ditador Muammar Kadafi sair do governo até agora.
Para Frattini, a combinação entre o isolamento político e as sanções contra Al Assad podem levar o regime a compreender "que, para o povo, o único caminho possível é o da reconciliação, das reformas e da via democrática".
Em resposta às críticas de uma resposta tardia adotada pela comunidade internacional contra a repressão do governo sírio aos protestos populares, o líder da diplomacia italiana respondeu que as sanções eram defendidas "há tempos pela Itália" e que "hoje, por sorte, há um consenso internacional".
As Nações Unidas anunciaram que havia indícios de crimes contra a humanidade na repressão contra as manifestações populares, com casos de assassinatos, desaparecimentos, torturas e detenções ilegais.