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Itália pode protagonizar Mercosul-União Europeia, diz governo brasileiro

O governo brasileiro afirmou que a Itália deve ser um dos países mais beneficiados pelo acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia.

A declaração foi dada à agência Ansa pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Luis Rua, em encontro com correspondentes estrangeiros no Rio de Janeiro.

“A Itália talvez seja um dos países mais beneficiados com o acordo”, por isso o Brasil conta com o “apoio” de Roma para a aprovação final do tratado ainda em 2025, disse o secretário.

“Os produtos agroindustriais italianos, conhecidos em nível internacional, poderão chegar mais facilmente ao mercado brasileiro”, ressaltou Rua, que também destacou as “sólidas ligações históricas” entre os dois países. “Muitos brasileiros têm origem italiana e gostam de comprar produtos italianos. Essa é uma oportunidade”, destacou.

O secretário também defendeu que a conclusão do acordo em um momento de “aumento de tarifas e barreiras” pode ser uma “demonstração para o mundo” dos benefícios da integração comercial.

O governo da Itália é favorável ao tratado com o Mercosul, porém pede garantias para o setor agropecuário.

Já o encarregado de negócios da UE no Brasil, Jean-Pierre Bou, assegurou que o acordo não apresenta “riscos de desequilíbrios comerciais” entre o país e o bloco europeu.

De acordo com ele, o texto prevê uma “lista de produtos que reflete os interesses de ambas as partes”, com uma “transição gradual e organizada”. Além disso, o “comércio entre Brasil e UE se diferencia daquele que o país tem com outros parceiros, aos quais exporta principalmente matérias-primas agrícolas e minerais”.

“O Brasil também exporta para a UE produtos industriais, como os aviões da Embraer, que são muito bem-sucedidos”, ressaltou o diplomata.

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