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Pleito municipal na Itália entra na mira de órgão antimáfia

A Comissão Parlamentar Antimáfia da Itália colocará sob observação as eleições municipais em 10 cidades que tiveram seus governos dissolvidos por escândalos envolvendo grupos mafiosos, incluindo a capital Roma.

Esses municípios, assim como outros mais de 1,3 mil, irão às urnas no próximo dia 5 de junho, e existe o temor de que a máfia possa tentar influenciar o resultado dos pleitos. Segundo a comissão, é impossível fazer o acompanhamento em todas as cidades – que reúnem mais de 150 mil candidatos -, já que os recursos e instrumentos à disposição são limitados.

"As administrações municipais são o primeiro espaço ocupado pela máfia no poder público, na relação com a política e também com a economia. Então nosso alarme é particularmente forte", explicou a presidente da comissão, Rosy Bindi. De acordo com ela, em junho votarão muitas comunidades nas quais a máfia já demonstrou ter influência.

O caso de Roma é o mais emblemático de todos. No ano passado, o escândalo "Mafia Capitale" ("Máfia Capital") provocou um terremoto na administração do prefeito de centro-esquerda Ignazio Marino. A investigação desbaratou um grande esquema de associação mafiosa dentro da Prefeitura, derrubando alguns membros de seu gabinete.

Apesar de não estar envolvido no episódio, Marino foi questionado por ter nomeado assessores mais tarde acusados de corrupção. O caso acabou o enfraquecendo e levando à sua queda, em novembro de 2015, por conta da revelação de que ele gastara 150 mil euros em 2014 com jantares, hospedagens, reuniões e cerimônias oficiais.

Marino sempre alegou inocência e afirmou que alguns recibos tinham assinaturas falsificadas para incriminá-lo. Seus aliados dizem que a derrubada do prefeito se deve justamente às investigações contra a máfia conduzidas durante seu mandato. (Fonte: Ansa)

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