Uma mulher de 42 anos foi internada em um hospital de Livorno, na região da Toscana com uma síndrome variante da doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), popularmente conhecida como o mal da vaca louca.
O caso foi reportado no fim do último ano como uma "provável variante da doença". De acordo com informações divulgadas hoje pela imprensa, nos meses anteriores, a mulher apontou ter progressivos distúrbios neurológicos.
Para o tratamento, ela teria escolhido um instituto neurológico de Milão, que diagnosticou a doença e a submeteu a uma terapia sem êxito. Em coma, a paciente foi transferida ao hospital de Livorno. Ainda não há informações sobre como ela teria contraído a doença.
Com este, a Itália eleva a dois o número de casos no país. Em 2001 foi registrada a primeira contaminação, que fez com que as autoridades locais ampliassem os controles sanitários. A enfermidade é comumente contraída com a ingestão de carne infectada.
O novo episódio gerou pânico e fez com associações locais e também o governo saíssem a público para reiterar que a carne consumida é segura.
"Se confirmada [essa contaminação], é proveniente de uma incubação da doença, sem nenhuma relação com o consumo da carne italiana, que é segura graças ao rígido sistema de controle adotado com sucesso em 2001", esclareceu a Coldiretti, organização italiana de representação de pessoas e empresas que operam na área agrícola.
Também a Confederação Italiana de Agricultores (CIA) pediu que seja evitado o alarmismo. "Os controles são rígidos e funcionam", apontou a entidade.
O Ministério da Saúde, por sua vez, confirmou que a mulher foi submetida a testes em novembro passado e reiterou que as autoridades sanitárias do país são responsáveis, ressaltando que "as atuais medidas normativas e de gestão são idôneas e garantem a segurança nos criadouros italianos".
