
O grupo Armani anunciou a nomeação do executivo italiano Giuseppe Marsocci como seu novo CEO, com efeito imediato.
A decisão foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Administração, com base em uma proposta da Fundação Armani.
Atual vice-diretor administrativo, Marsocci tem uma trajetória de 23 anos na empresa. Ao longo desse período, atuou como CEO do grupo nas Américas e, mais recentemente, como diretor comercial global, trabalhando diretamente ao lado do falecido estilista Giorgio Armani na condução dos negócios internacionais.
“A nomeação representa uma importante confirmação do desejo conjunto da família Armani de dar continuidade ao projeto que Giorgio Armani construiu e perpetuou por 50 anos, respeitando os princípios fundadores e a direção de continuidade traçada pelo próprio fundador”, afirma o comunicado oficial.
O grupo informou ainda que o Conselho de Administração será formalmente constituído nas próximas semanas, após a finalização dos trâmites legais e da execução do testamento. No entanto, a escolha do novo CEO foi antecipada para assegurar a continuidade estratégica da gestão da empresa sem interrupções.
Com a nova estrutura organizacional, Marsocci se reportará ao Conselho de Administração, presidido por Leo Dell’Orco, chefe de design masculino e braço direito de Armani. Já a empresária Silvana Armani, sobrinha do estilista, será nomeada vice-presidente do Conselho.
Segundo Dell’Orco, a experiência profissional internacional de Marsocci, “seu profundo conhecimento do setor e da empresa, sua discrição, lealdade e espírito de equipe, juntamente com sua proximidade com o senhor Armani nos últimos anos”, fazem dele “a escolha mais natural para garantir a continuidade do caminho traçado pelo fundador”.
Natural de Turim, Marsocci tem 61 anos e é formado em Economia e Administração pela Universidade de Turim. Ele ingressou no Grupo Armani em 2003, assumindo posições de crescente responsabilidade, tanto na sede em Milão quanto em filiais internacionais.
Após a nomeação, o executivo agradeceu “pela confiança” e destacou que “este é um projeto extraordinariamente importante, que busca dar continuidade e valorizar uma das marcas ‘Made in Italy’ mais prestigiadas do mundo”.
As mudanças marcam uma nova fase na liderança do grupo de moda italiano, após a morte do “rei Giorgio”, ocorrida em 4 de setembro, aos 91 anos. Dono de um império no setor, o estilista determinou em seu testamento a venda da grife ou a abertura de capital, priorizando os grupos LVMH, EssilorLuxottica e L’Oréal.