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Italiano Mario Draghi decepciona mercados e Bolsas torram 88 bilhões de euros

As declarações do titular do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, congelaram as expectativas dos mercados, que reagiram com a queda das bolsas e o aumento do spread (diferencial BTP-Bund).

Draghi se disse disposto a "medidas não convencionais" para controlar os juros dos títulos estaduais, reiterou que "o euro é irreversível" e anunciou que o Conselho do BCE "no seu mandato e sua independência, poderia fazer intervenções diretas nos mercados nas próximas semanas".

"O propósito de defender o euro a todo custo foi adotado pelo Conselho do BCE por unanimidade", disse Draghi, que não deu detalhes sobre as medidas ou o calendário. 

Nas próximas semanas, acrescentou, o BCE estudará novas medidas não convencionais "para garantir a transmissão das decisões de política monetária".

De seu lado, os governos devem estar "preparados para pedir a intervenção" dos fundos salva-Estados "quando necessário". 

A Bolsa de Valores de Milão, decepcionada com as palavras de Draghi, que não definiu novas medidas concretas, caiu mais de 3% no início da tarde. Enquanto isso, o BCE manteve hoje (2) as taxas de juros inalteradas nas operações de refinanciamento principais e marginais e nos depósitos, respectivamente em 0,75%, 1,50% e 0,00%.

Neste sentido, Draghi explicou que o Conselho da instituição discutiu novo corte das taxas, mas seus integrantes concordaram que "agora não é o momento".

Enquanto o titular do BCE falava, o diferencial entre os títulos italianos e alemães (BTP-Bund) caia para 427 pontos, mas ao cabo de suas observações saltou para 470.

De Helsinque, o primeiro-ministro italiano Mario Monti alertou sobre o perigo de um spread prolongado muito elevado, que poderia desembocar em um governo eurocético.

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