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“Itália não quer guerra”, afirma o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi sobre crise na Líbia

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, fez exigências ao ditador da Líbia, Muammar Gadafi, quanto o cumprimento de um "verdadeiro cessar-fogo", para que assim comece a fase de mediação diplomática. Assim como outras autoridades internacionais, Berlusconi afirmou que a operação militar dos aliados na Líbia tem como objetivo principal dar "proteção" a população civil e que a Itália não entrou nem quer entrar em guerra, disse o premier em entrevista a publicação italiana "Corriere della Sera".

"Todos nos posicionamos no pedido a Gadafi para um verdadeiro cessar-fogo. O fim das hostilidades por parte do coronel é a condição 'sine qua non' para qualquer mediação. Depois, se poderá abrir a fase da diplomacia", disse Berlusconi.

Quanto o possível desacordo que ocorre na Otan quanto o papel que a Aliança Atlântica deve desempenhar na operação militar na Líbia, o italiano acredita que existe um "acordo por parte de todos, apesar da resistência francesa". "A Itália não entrou em guerra e não quer entrar. Conseguimos não só a plena coordenação da Otan em todas as operações da missão, mas também a aplicação pontual da resolução da ONU. A intervenção se compromete a defender a população civil", explicou o primeiro-ministro.

Situação na Líbia

A Líbia vem enfrentando ataques desde a manhã desta quinta-feira, mais especificamente em Trípoli. Tiros de artilharia antiaérea e explosões foram ouvidas neste que é o sexto dia da operação "Aurora da Odisseia" feita pela intervenção internacional, que é liderada pela França, Grã-Bretanha e Estados Unidos.

– Forças aliadas lançam bombas em Trípoli pelo 6º dia de operação militar

Como resposta, as forças de segurança de Gadafi fizeram disparos por volta de 1h30, entretanto não foi possível determinar onde eles estavam acontecendo.

O vice-chanceler líbio, Khaled Khaim, negou que o ditador líbio tenha isolado a cidade de Misrata, ao oeste do país. "Ouvimos rumores de que o governo cortou de forma intencional o fornecimento (de água, luz elétrica e telecomunicações). Mas é apenas um problema técnico causado pelo danos e saques", explicou.

Os rebeldes acusam o governo de cortar ligações de água, luz elétrica e telefones como forma de estratégia de retomar o poder em cidades atacadas. Cerca de 300 mil habitantes estão sem água há quatro dias. E outros 10 mil estão sem eletricidade desde que os confrontos começaram de forma mais violentas.

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