Um grupo de italo-argentinos manifestou contra a mudança do monumento de Cristóvão Colombo, localizado na praça em frente a Casa Rosada, que a presidente argentina Cristina Kirchner quer transferir na cidade litorânea de Mar del Plata, a 400 km da capital.
O projeto do governo prevê de substituir a estatua com um outro monumento em homenagem a Juana Azurduy de Padilla, mulher símbolo da independência da Bolívia, alem de mudar o nome do local, que hoje se chama "Praça Colombo" em "Praça dos povos originários".
A estatua, doada em 1921 da comunidade italiana a nação Argentina para a comemoração do centenário da Revolução de Maio, foi realizada pelo escultor Arnaldo Zocchi em mármore de Carrara. A transferência da estatua é considerada "ultrajosa" pela comunidade italiana do país, que a consideram como seu símbolo.
"É um tapa na cara, uma vergonha, estamos indignados", declararam Domenico Clemente e Maria Cristina Barruto, dois manifestantes que participaram do protesto. "Meu pai chegou aqui em 1953, a estatua tem que ser defendida", declarou Augusto Vettore, descendente de imigrantes italianos.
"Na Argentina existem cerca de três milhões de quilômetros quadrados, onde a estatua de Azurduy pode ser colocada, e em Buenos Aires não faltam espaços públicos. Mas o que incomoda é essa mania argentina de mudar não só as estátuas, mas também os nomes das ruas. Como se a história pudesse mudar, ou se impor, na base do que os governos acham correto", declarou o escritor Mempo Giardinalli.
O protesto dos italianos, chamado de "A forca do abraço", cercou simbolicamente o monumento de Colombo, colocando uma grande bandeira da Itália das grades em volta da estatua.
Para ser valida, a decisão de Cristina tem que ser aprovada pelo prefeito da cidade, Mauricio Macri, que é um grande opositor político da presente argentina.
