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Juízes afirmam que Berlusconi sabia que mulheres levadas para sua residência eram acompanhantes

Os juízes do Tribunal de Nápoles afirmaram que o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, estaria "ciente" de que as mulheres levadas para sua residência pelo empresário Gianpaolo Tarantini eram acompanhantes profissionais.

Segundo os magistrados napolitanos, Tarantini teria sido muito "reticente" sobre a "plena e indiscutível consciência por parte do presidente do Conselho de Ministros sobre as acompanhantes apresentadas pelo empresário". 

Os magistrados citaram um trecho de uma conversa telefônica entre Tarantini e uma das mulheres convidadas à casa do premier, Patrizia D'Addario, que provaria que Berlusconi teria oferecido uma compensação à jovem.

As afirmações foram feitas, no mesmo dia em que o empresário e sua mulher, Angela Devenuto, foram postos em liberdade, uma vez que a conduta de ambos não foi considerada "punível". 

O Tribunal, porém, considerou que "a conduta processual" assumida por Tarantini tentou "isentar" o chefe do Governo italiano pelos "possíveis danos à sua imagem pública". 

Os juízes napolitanos ainda afirmaram que a justificativa dada por Berlusconi sobre o pagamento de € 500 mil (R$ 1,2 milhão) ao empresário ("Ajudei uma família em dificuldades financeiras"), pode ser desmentida por "argumentos de ordem lógica" e por outras circunstâncias. 

Além de acusado pela Procuradoria de Bari de levar acompanhantes profissionais à residência do premier, Tarantini também é acusado em Nápoles de tê-lo extorquido, exigindo dinheiro para não fazer revelações embaraçosas sobre sua vida privada. No entanto, Berlusconi nega ter sido vítima de chantagens.

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