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Justiça da Itália bloqueia site de partido neofascista

O Ministério Público de Roma determinou o bloqueio do site oficial do movimento neofascista Força Nova (FN), que invadiu a sede do principal sindicato da Itália durante um protesto contra o uso do certificado sanitário anti Covid.

A medida foi tomada pelo Polizia Postale, divisão da polícia italiana que cuida de crimes de informática, e faz parte da investigação lançada para apurar os confrontos deflagrados no último fim de semana no centro da capital italiana que levaram à prisão de 12 pessoas.

O decreto de apreensão preventiva foi assinado devido a uma publicação no site que anunciava outras ações de rua e que dizia que “a população elevou ao nível do confronto e não vai parar”. O comunicado foi assinado pelo vice-secretário nacional do FN, Giuseppe Provenzale, Luca Castellini, um dos líderes no norte da Itália, e Davide Pirillo, coordenador no sul do país, e Stefano Saija.

Desta forma, o bloqueio foi feito em decorrência da “instigação à prática de um crime agravado pelo uso de ferramentas informáticas ou telemáticas”. Segundo o documento, os autores da nota incentivaram uma pluralidade de crimes e multas.

“Os suspeitos realizam através da utilização da web uma atividade de partilha e justificação e, portanto, de exaltação e incitamento à prática de crimes caracterizados pela violência”, diz a decisão judicial, acrescentando que foi determinado o bloqueio e a remoção nos resultados de plataformas de pesquisas.

Partidos de centro e esquerda da Itália, incluindo o Partido Democrático (PD), o Itália Viva (IV) e o Partido Socialista Italiano (PSI), apresentaram moções no Senado para obrigar o governo a dissolver o Força Nova.

Na prática, as duas moções pedem a ativação de um artigo da Constituição Italiana que “proíbe, sob qualquer forma, a reorganização do partido fascista”

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