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Embaixada da Itália no Brasil se envolve em polêmica na web

A Embaixada da Itália no Brasil se envolveu em uma polêmica no Facebook. Após uma série de avaliações negativas feitas por usuários, a página da entidade chegou a ser temporariamente fechada por uma semana, sendo reativada no dia 7 de junho.   

Assim que foi reaberta, um comunicado sobre o caso foi postado pela própria Embaixada, onde a entidade informou que o fechamento foi causado pelo “fato de que esta foi invadida por uma série coordenada de protestos”.   

“Somos cientes dos demorados tempos de espera que caracterizam a oferta de alguns serviços consulares não somente neste País, mas na inteira América do Sul, em especial os inerentes ao reconhecimento da cidadania jure sanguinis, que no Brasil envolvem uma comunidade potencial de mais de 30 milhões de pessoas”, escreveu a entidade.   

“Queremos, porém, reafirmar com firmeza que o pessoal junto às estruturas da Rede diplomático-consular no Brasil é empenhado diariamente com enorme dedicação na oferta de serviços da maneira mais eficaz possível, em face de um aumento exponencial de usuários e de uma limitada disponibilidade de recursos humanos”, diz ainda o comunicado.   

Ao fim, a nota afirma que espera que a “página no Facebook da Embaixada possa voltar a ser um local de ‘encontro’ civil e construtivo” para a troca de “informações e ideias”.   

Segundo a revista “Insieme”, a página foi tirada do ar após a noite do dia 31 de maio, quando o grupo virtual “Cidadania Italiana – Área Livre” começou uma campanha para dar nota 1 à página, derrubando a nota de avaliação para 1,1.   

Os usuários relataram problemas com a Embaixada, afirmando terem tentado contato e não terem sido respondidos ou acusando a entidade de ter um “péssimo atendimento”, além de reclamarem da demora do processo.   

Atualmente, o tempo de espera para obter cidadania italiana no Brasil está em 12 anos e a demora até gerou um protesto no mês de abril.   

Em entrevista à revista “Insieme”, a deputada ítalo-brasileira Renata Bueno afirmou que “acha certíssimo que os cidadãos italianos se manifestem sobre a falta de atendimento nos consulados”, mas afirma que é necessário “ter um limite”.   

 
“A manifestação é importante, porém, toda crítica, para ser aceita, deve construtiva e, sobretudo, deve ser feita com respeito. Hoje isto é um ponto negativo das redes sociais, onde as pessoas se sentem no direito de dizer o que bem querem, de se manifestar agressivamente, sem pensar na forma com que se expressam, o que faz com que muitas vezes se perca a razão, não pelo conteúdo, mas pela equivocada maneira de se posicionar”, disse ainda a deputada.

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