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Líder da oposição Walter Veltroni renuncia após derrota na Itália

O ex-prefeito de Roma e líder do Partido Democrata (PD), principal força de oposição da Itália, Walter Veltroni, confirmou sua demissão como secretário nacional do partido.

A decisão de Veltroni foi tomada após a derrota eleitoral na Sardenha, onde o atual governador da região, Renato Soru, do PD, foi vencido pelo candidato Ugo Cappellacci, da coalizão governista Povo da Liberdade (PDL).

Veltroni deve realizar amanhã entrevista coletiva na qual irá expor as razões que levaram à decisão de abandonar a liderança do PD, anunciada esta manhã para a coordenação do partido.

 

O deputado Antonello Soro, líder da bancada do PD na Câmara, declarou que "respeita a decisão de Veltroni", que considera "um ato de generosidade para o partido".

"O PD deve ser muito grato a Veltroni pela sua liderança", disse ainda o deputado, que ressaltou "a necessidade de um empenho generoso de todos" para sair da situação delicada.

Criado em outubro de 2007, após a dissolução dos principais partidos de esquerda que participavam da base do governo do ex-primeiro-ministro Romano Prodi, o PD não repetiu as performances eleitorais dos partidos que ajudaram a formá-lo.

"Em menos de um ano, o centro-esquerda perdeu o governo do país, a cidade de Roma e três regiões importantes como o Friuli, o Abruzzo e agora a Sardenha", comentou o expoente do Partido Verde (PV) italiano, Paolo Cento.

"O PD pensou que o problema fosse os Verdes e os partidos à sua esquerda, mas essa análise se revelou dramaticamente errada e produziu resultados catastróficos", acrescentou.

O líder do partido Itália dos Valores (IDV), Antonio Di Pietro, disse que a decisão de Veltroni é "um gesto politicamente divido e que faz honra à ética" do ex-secretário nacional do PD.

Para Di Pietro, é necessária a criação de "uma coalizão em alternativa a Berlusconi".

Por outro lado, Paolo Bonaiuti, porta-voz do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, declarou que "na Sardenha, aconteceu uma vitória do PDL que era esperada, mesmo se francamente não nestas proporções".

"O antiberlusconismo ao qual Veltroni nos acostumou", é, segundo o porta-voz, um "erro terrível", e "atacar" Berlusconi com frequência "não somente não funciona como se revelou contraproducente".

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