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Líderes da direita italiana pedem novas eleições para Mattarella

Os líderes dos partidos de direita e da extrema-direita se reuniram com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, e pediram a convocação de novas eleições no país por conta da crise política que quase derrubou o governo do premiê Giuseppe Conte.

Fazem parte do chamado de “bloco da centro-direita”, o vice-presidente do Força Itália, partido de Silvio Berlusconi, Antonio Tajani, e dos ultranacionalistas Liga, Matteo Salvini, e Irmãos da Itália (FdI), Giorgia Meloni. Eles se reuniram por cerca de uma hora com o mandatário e publicaram uma nota oficial sem dar muitos detalhes das conversas.

“Matteo Salvini, Giorgia Meloni e Antonio Tajani manifestaram ao presidente da República, em nome de toda a centro-direita, a grande preocupação sobre a condição da Itália: enquanto as emergências sanitária e econômica recaem sobre as famílias e empresas, o voto certificou a inconsistência sobre a maioria. É convicção para a centro-direita que com esse Parlamento será impossível trabalhar”, diz o comunicado citando as votações.

Ao fim, os representantes afirmam que tem “confiança na sabedoria” de Mattarella para resolver a situação. Em um vídeo publicado pela Liga, Salvini foi menos vago e afirmou que “não se pode continuar assistindo a compra e venda de senadores, de um governo sem ideias, sem visão e sem maioria” e que, por isso, pediram por novas eleições. “Nós confiamos só nos italianos. Melhor investir dois meses de tempo dando a palavra aos italianos e depois trabalhar pelos próximos cinco anos tranquilos”, acrescentou.

Conte obteve maioria (156 a 140) para permanecer no cargo de primeiroministro do país. No entanto, a vitória só foi possível porque o partido de Matteo Renzi, Itália Viva, se absteve. O ex-premiê, inclusive, foi quem promoveu toda a crise política ao anunciar sua saída da base aliada governamental.

Apesar de ser a minoria na comparação com o Movimento Cinco Estrelas (M5S), o Partido Democrático (PD) e com outras pequenas siglas de esquerda, o IV era fundamental para a coalizão vencer no Senado.

Já os partidos de direita e extrema-direita devem representar a maioria dos votos dos italianos, segundo as últimas pesquisas de opinião. No entanto, alguns conservadores mais moderados – especialmente do FI – sã contrários à realização de novas eleições por conta da segunda onda da Covid-19 que afeta a Itália.

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