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Líderes da União Europeia pedem “moderação” no Oriente Médio e cobram Israel

Os líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia afirmaram que a questão relativa ao programa nuclear do Irã pode ser resolvida apenas por meio de “negociações” e cobraram que todas as partes deem “provas de moderação”.

É o que diz o comunicado conclusivo da reunião do Conselho Europeu desta quinta, em Bruxelas, referente à crise no Oriente Médio, que também exige um cessar-fogo “imediato” na Faixa de Gaza e a libertação “incondicional” de todos os reféns pelo Hamas e pede para Israel “revogar completamente” o bloqueio à entrada de ajuda humanitária no enclave palestino.

“A UE permanece fortemente empenhada em favor da paz, da segurança e da estabilidade no Oriente Médio. O Conselho Europeu dá as boas-vindas à cessação das hostilidades [entre Israel e Irã] e exorta todas as partes a respeitar o direito internacional, a dar provas de moderação e a se abster de ações que levem a uma nova escalada”, diz o texto.

Os líderes se comprometem a “contribuir com todos os esforços diplomáticos voltados a reduzir as tensões e a encontrar uma solução duradoura para a questão nuclear iraniana, que pode ser alcançada somente por meio de negociações”.

No comunicado, o Conselho Europeu também “deplora a terrível situação humanitária em Gaza, o número inaceitável de vítimas civis e o nível de fome” entre a população palestina.

Durante a reunião em Bruxelas, a alta representante da UE para Política Externa, Kaja Kallas, apresentou um relatório sobre violações dos direitos humanos por parte de Israel em Gaza e na Cisjordânia ocupada, na esteira das centenas de mortes de palestinos que tentavam chegar a centros de distribuição de alimentos.

De acordo com fontes europeias, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, encarregou a chefe da diplomacia do bloco de “propor possíveis medidas” contra Tel Aviv.

Enquanto isso, alguns países, como Eslovênia e Espanha, pressionam a UE a adotar ações mais duras contra o governo israelense. “Se a UE não fizer algo dentro de duas semanas, então cada Estado-membro terá de tomar os próximos passos sozinhos. Estamos prontos para fazer pressão real sobre o governo de Israel, nunca é tarde demais”, declarou o premiê esloveno, Robert Golob.

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