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Presidente italiano Giorgio Napolitano diz que tensões não justificam violência

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, declarou que "não há razões ligadas às tensões sociais que possam justificar as formas de violência", ao comentar sobre as ações terroristas que ocorreram nos Ambos de Chumbo e ao tratar do recente ataque contra o presidente-executivo da Ansaldo Nucleare, o engenheiro Roberto Adinolfi.

O chefe de Estado italiano atestou que os episódios de terrorismo não se repetirão, e que, mesmo depois do ataque da semana passada, "a vigilância será categórica".

"Não se iludam em intimidar o Estado", recomendou Napolitano. Ele sublinhou que ainda há verdades a serem desveladas sobre os ataques dos anos 1960 e 1970, mas garantiu que o país está "libertado" e já "derrotou o terrorismo", e já identificou e "penalizou" centenas de pessoas pelos ataques que ocorreram na época.

Napolitano disse que certamente ainda permanece "o tormento de uma justiça não realizada" com relação a muitas mortes, mas que é preciso esclarecer que o que "surgiu de indiscutível dos processos e das sentenças" foi "uma matriz de extrema direita neofascista das ações criminosas" e "a atividade de omitir pistas por parte dos aparatos do Estado".

O atentado contra Adinolfi ocorreu no último dia 7 de maio, quando dois homens em uma moto dispararam três tiros contra ele. A polícia ainda está investigando as raízes do ataque, muito semelhante aos cometidos pela organização de extrema-esquerda Brigadas Vermelhas nos Anos de Chumbo.

O presidente ainda recordou o nome de Francesca Dendena, histórica representante da associação de vítimas do massacre de Piazza Fontana, ocorrido em 1969, que desapareceu em 2010.

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