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Protesto em Nápoles deixa dois presos e cidade devastada

A Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais (Digos) de Nápoles prendeu pelo menos duas pessoas durante os confrontos entre as forças de segurança e manifestantes..

Segundo as autoridades, a dupla já é conhecida da polícia por crimes relacionados ao tráfico de drogas no distrito de Vasto.

Os investigadores do Ministério Público abriram um inquérito sobre o ato marcado por conflitos para determinar o que ocorreu perto da sede do governo da Campânia.

Centenas de pessoas, com os rostos cobertos por máscaras, se reuniram no Largo San Giovanni Maggiore para protestar contra as novas medidas anti-Covid, incluindo o toque de recolher e um possível lockdown, anunciadas na terceira região mais populosa da Itália cuja capital é Nápoles.

Durante a mobilização diversos confrontos entre manifestantes e policiais foram registrados. O grupo utilizou bombas de fumaça, fogos de artifício, garrafas de vidro e sinalizadores contra os agentes, que responderam com gás lacrimogêneo.

Além disso, várias scooters foram usadas pelos cidadãos para impedir e atrasar a intervenção da polícia.

Segundo as autoridades, a medida demonstra que a ação pode ter sido premeditada. “Assistimos a verdadeiros comportamentos criminosos em relação à polícia. Nenhuma condição de desconforto, por mais humanamente compreensível que seja, pode de forma alguma justificar a violência”, declarou o comissário de Nápoles, Alessandro Giuliano.

O ato ainda ficou marcado por um protesto contra o governo do primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, e o governador da Campânia, Vincenzo de Luca, que classificou o caos como “um espetáculo indigno de violência, uma guerra urbana organizada, que nada tem a ver com categorias sociais”.

De Luca explicou que as mesmas medidas aplicadas na região também foram anunciadas em Milão e Roma e não houve violência e vandalismo nas cidades. “Algumas centenas de criminosos sujaram a imagem da cidade”.

O protesto também foi condenado pelos ministros do Interior, Luciana Lamorgese, e das Relações Exteriores, Luigi Di Maio.

Lamorgese disse que houve “atentados predeterminados”, atos de violência inaceitáveis e condenáveis” e prestou solidariedade e proximidade às forças policiais, militares e locais que foram agredidos e feridos em “episódios reais de guerra urbana”.

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