A polícia italiana apreendeu bens e imóveis no valor de 100 milhões de euros, ao deflagrar a operação "Meta", contra clãs da máfia 'Ndrangheta, originária da região da Calábria e considera uma das mais difundidas pelo mundo.
A Procuradoria Distrital Animafia da província de Reggio Calabria emitiu 42 mandados de prisão cautelar contra suspeitos de associação mafiosa, sendo que 40 foram cumpridos.
O prefeito de San Procopio, Rocco Palermo, acusado de manipular o resultado das últimas eleições regionais, e o italiano Cosimo Álvaro estão foragidos.
Os bens e imóveis apreendidos, como lojas, apartamentos e até uma clínica de repouso para idosos, são propriedade dos clãs Condello e De Stefano-Libri, que provavelmente controlavam alguns departamentos públicos da Reggio Calabria.
"Trata-se de uma operação de excepcional importância porque, além da prisão de mais de 40 associados a importantes famílias da 'Ndrangheta da Reggio Calabria, foram apreendidos bens a um valor de 100 milhões de euros", disse o ministro italiano do Interior, Roberto Maroni.
"Isso demonstra, mais uma vez, a eficácia das ações que o Governo, as forças de segurança e a Justiça, todos juntos, desenvolvem todo dia para restaurar a legalidade nos territórios historicamente oprimidos pelo crime organizado", exaltou.
Já o ministro da Justiça Angelino Alfano afirmou que "as prisões executadas nesta manhã são o resultado do constante emprenho da Procuradoria de Reggio Calábria e das forças de ordem na luta contra o crime organizado".
"Os resultados obtidos hoje são exemplos reais desta grande temporada antimáfia", comentou. Nesta última semana a polícia italiana prendeu 16 pessoas ligadas à máfia e responsáveis por transportar cocaína da América do Sul à Europa, além de ter sequestrado bens no valor de 80 milhões de euros.
Ao todo, foram apreendidos 700 quilogramas da droga — avaliados em 120 milhões de euros — no porto de Livorno, na região da Toscana. O material vinha da Venezuela e da Colômbia e era distribuído a países do norte europeu, principalmente Holanda. (ANSA)
