A polícia italiana prendeu 23 pessoas ligadas a vários clãs da máfia napolitana Camorra, sob acusações de associação mafiosa, extorsão, tráfico de drogas, detenção e porte ilegal de armas, lesões, homicídios e outros crimes.
As ordens de reclusão foram emitidas por um tribunal de Nápoles, que também notificou outros 20 envolvidos que já estavam na cadeia. No total, são citadas na investigação — realizada entre 2006 e 2008 — 57 pessoas. De acordo com o inquérito, os presos pertencem aos clãs Crimaldi, De Sena e De Falco-Di Fiore — que disputam o domínio das atividades ilegais de uma vasta zona da província de Nápoles.
A procuradoria relatou que a complexidade do caso se deu pela "dificuldade de especificar alinhamentos criminais compactos, distinguir entre amigos e inimigos, identificar alianças e contraposições onde as estruturas eram determinadas pela necessidade estritamente contingente e as relações nasciam e se exauriam com extraordinária rapidez".
O chefe da máfia calabresa 'Ndrangheta Domenico Chirico, de 59 anos, foi assassinado em uma emboscada no litoral da província de Reggio Calábria.
Ele havia sido libertado há alguns meses depois de uma condenação por associação mafiosa e administrava, junto à esposa, uma joalheria.
As primeiras investigações falam de duas pessoas, uma das quais teria disparado uma dezena de vezes contra Chirico. O homem morreu na hora.
