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SOCIEDADE ITALIANA DE PSIQUIATRIA: 40% dos italianos temem ataques terroristas no país

Quatro a cada dez italianos se sentem encurralados e desprotegidos no próprio país devido a fatores internos, como a crise econômica e a alta taxa de desemprego, e externos, como a ameaça terrorista, principalmente do Estado Islâmico (EI, ex-Isis).

A informação é do psiquiatra e ex-presidente da Sociedade Italiana de Psiquiatria (SIP) Claudio Mencacci. Segundo ele, o sentimento "vem crescendo nos últimos meses, após os recentes ataques terroristas" e pode ser definido como a "Síndrome da Sociedade Sob Cerco".

O medo do EI tem aumentado entre os países europeus como Inglaterra, França, Espanha, Alemanha e Itália. Nos dois primeiros, 70% e 90% da população temem atentados, respectivamente. Já nas outras três nações, o número é de 40%, mais baixo, mas ainda alarmante.

Para Mencacci, ao ter essa sensação de medo "se entra em uma condição na qual os sintomas são extrema emotividade, angústia, ânsia, sentido de perda e vulnerabilidade". Com o passar do tempo, eles podem interferir seriamente na vida social. Ainda segundo o psiquiatra, neste cenário, "as informações amplificam os temores e viram uma arma nas mãos dos terroristas, que querem gerar pânico".

O estudioso concluiu que a solução para esse problema é "não ceder ao medo e continuar a se identificar com o nosso modelo de convivência".

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