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Lojas italianas se negam a vender livro de filho de mafioso

Diversas livrarias italianas estão se negando a vender o livro de Salvo Riina sobre seu pai, Salvatore "Totò" Riina, líder da Cosa Nostra, a máfia siciliana, entre 1982 e 1993 e condenado à prisão perpétua.

"Nesta livraria não se pede nem se vende o livro de Salvo Riina, pois temos boa memória e dignidade", diz um cartaz pendurado na porta da Libreria Fieschi, em Lavagna, Gênova, sobre a obra batizada "Riina, family life" ("Riina, vida em família", em livre tradução do inglês).

Polêmica teve início após, pela segunda vez em menos de um ano, a emissora pública italiana "RAI" entrevistar em um de seus programas mais prestigiados, o talk show "Porta a Porta", um parente de mafioso. Na noite do último dia 6, Salvo Riina foi convidado pelo experiente jornalista Bruno Vespa para falar sobre seu pai e sobre o lançamento de seu novo livro. "Para nós, entrevistas como a de Salvo Riina no "Porta a Porta" são inaceitáveis", disse um dos proprietários da livraria, Massimo Amicone, alegando que a TV não distingue quem é bom e quem é mau e que um personagem ligado a ações negativas "assume quase uma aura de heroísmo".

Diversas livrarias em toda a Itália estão seguindo o exemplo e se negando a vender exemplares da obra.

Conhecido como "A Besta", Totò Riina, um dos maiores mafiosos italianos no começo dos anos 1980, teria matado dezenas de pessoas, além de ter ordenado outras centenas de assassinatos.  

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