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Matteo Salvini declara “guerra contra a maconha”

O ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, declarou “guerra à maconha” e anunciou  o fechamento de três lojas de produtos derivados da cannabis.

Esse tipo de negócio, que vem se popularizando no país, comercializa itens que contam com o princípio ativo da maconha, o THC (Tetraidrocanabinol), mas em um índice abaixo do limite de 0,2% imposto por lei.

A chamada “maconha light” é permitida na Itália desde janeiro de 2017, o que deu impulso à abertura de lojas por toda a península. “Agradeço às forças de ordem e à magistratura porque está em curso o fechamento de três cannabis shops em Macerata, Porto Recanati e Civitanova Marche”, disse Salvini, durante um comício em Pesaro.

“A partir de hoje, começa uma guerra rua por rua, loja por loja, bairro por bairro, cidade por cidade”, acrescentou. O ministro define esses estabelecimentos como “pontos turísticos da maconha” e os acusa de vender cannabis com níveis de THC acima do permitido por lei.

“A droga faz mal, se for preciso legalizar ou liberalizar alguma coisa, melhor a prostituição, uma vez que o amor faz sempre bem, principalmente de maneira protegida e controlada”, declarou. A ofensiva de Salvini, no entanto, vai de encontro à postura do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), maior partido da base aliada e que tem um projeto para legalizar o cultivo e a venda de maconha.

“Não vejo motivo para fechar as lojas. O Estado deve estar próximo às pequenas e médias empresas”, criticou o vice de Salvini no Ministério do Interior, Carlo Sibilia, do M5S. Já a ministra da Saúde Giulia Grillo, também do movimento antissistema, disse que os negócios de “cannabis light” não vendem droga.

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