A Procuradoria de Milão avalia iniciar outra investigação para apurar a suposta presença da brasileira Iris Berardi em festas promovidas na casa do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi.
As autoridades trabalham com a hipótese da brasileira ter participado de festas em maio e dezembro de 2009, quando ainda era menor de idade.
Caso se confirme este vínculo, os procuradores podem acrescentar uma nova acusação contra Berlusconi, que já é investigado por extorsão e prostituição de menores devido a uma possível relação sexual que manteve com a marroquina Karima "Ruby" El Mahroug.
Íris é a segunda brasileira citada nos casos de envolvimento de menores em festas na mansão de Berlusconi. A marroquina Ruby já acusou a brasileira Priscilla de ter ido com ela a uma festa em Arcore em 14 de fevereiro, mas Priscilla negou o fato.
Estava prevista a apresentação do pedido de julgamento imediato do premier sobre o caso Ruby, mas, segundo o procurador de Milão, Edmondo Bruti Liberati, é provável que haja um adiamento.
Ele contou que os procuradores do caso se reuniram pela manhã para sistematizar o processo e inicialmente só apresentar a acusação de extorsão.
De acordo com a denúncia, o premier teria abusado de sua condição de chefe de Governo para induzir funcionários da polícia de Milão a libertar e entregar a guarda de Ruby para a conselheira regional da legenda governista Povo da Liberdade (PDL), Nicole Minetti.
A jovem marroquina fora enviada a um centro de reabilitação por um furto de relógios e dinheiro de uma companheira com quem morava.