
A multinacional americana Meta baniu um grupo no Facebook onde milhares de homens italianos publicavam fotos íntimas de suas esposas e outras mulheres sem o consentimento delas.
Segundo a empresa, o grupo “Mia Moglie” (“Minha Esposa”), que reunia mais de 30 mil participantes, violou suas políticas contra a exploração sexual de adultos.
“Não permitimos conteúdo que ameace ou promova violência, abuso ou exploração sexual em nossas plataformas. Se tomarmos conhecimento de conteúdo que incite ou defenda o estupro, poderemos desativar os grupos e contas que o publicam e compartilhar essas informações com as autoridades”, disse um porta-voz da Meta na Itália.
No entanto a política de centro-esquerda Roberta Mori, porta-voz da Conferência das Mulheres do Partido Democrático, disse que a página foi removida somente depois de uma denúncia à Polícia Postal e alertou que o caso “não é isolado”.
“Este é mais um exemplo de violência digital estrutural enraizada na mesma cultura patriarcal de dominação que permitiu que Gisèle Pelicot fosse estuprada por 10 anos, começando com um grupo online semelhante”, disse Mori, em referência à mulher francesa violentada pelo então marido, Dominique Pelicot, que convidava homens aleatórios para estuprar a esposa dopada e foi condenado a 20 anos de cadeia.
A polícia ainda não identificou os responsáveis pelo grupo “Mia Moglie”.