A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, anunciou a chegada de um primeiro grupo com crianças palestinas que serão tratadas em hospitais italianos. Inicialmente, estava prevista a chegada de 14, mas desembarcaram 10, além de um adulto, no aeroporto militar de Ciampino, onde foram recebidos pelo vice-premiê e chanceler Antonio Tajani.
Tajani disse que a maioria dos menores tem ferimentos de guerra: “Outros grupos de crianças chegarão no início de fevereiro com o navio hospital Vulcano, que já tratou muitas crianças palestinas e trará mais, no retorno da missão ao Egito. As crianças que chegaram esta noite, quase todas vítimas de ferimentos de guerra, além de uma menina doente, já foram atendidas e receberão os cuidados adicionais necessários”, disse. “São vítimas inocentes desta guerra.
Queremos fazer tudo para aliviar o sofrimento delas e buscar a paz, esperando por um cessar-fogo para fornecer ajuda. A guerra provoca esses desastres”, acrescentou.
Ao todo, são esperadas 100 crianças no país, acompanhadas de suas famílias, graças a um acordo com autoridades no Oriente Médio para a remoção delas de Gaza. Quatro deles ficarão em Roma, assim como o maior de idade, três crianças serão transferidas para Gênova e três para Florença.
Uma missão da Unidade de Crise do Ministério das Relações Exteriores da Itália, da Embaixada da Itália no Cairo, do Ministério da Saúde e de outras instituições públicas italianas passou dias na passagem de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito, em preparação para a evacuação.
As unidades de saúde estão preparadas para situações de alta complexidade, como ocorreu quando o país recebeu crianças feridas na guerra da Ucrânia.
“Quero expressar minha profunda gratidão às instituições e aos médicos egípcios por seu apoio, que tornou possível essa missão humanitária. Só com a cooperação internacional podemos enfrentar desafios tão grandes e garantir a segurança aos mais vulneráveis”, disse o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto.
“Nosso país continuará ajudando a população civil palestina, vítima sem culpa dos terroristas do Hamas”, acrescentou.