
Um militar italiano morreu e outros quatro ficaram feridos em um ataque contra um veículo blindado que voltava de uma operação de assistência médica à população de uma comunidade no oeste do Afeganistão. O falecido, o tenente Massimo Ranzani, e os outros quatro efetivos pertenciam ao 5º regimento de atuação em montanhas da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf, na sigla em inglês), e o carro onde estavam explodiu ao passar por uma bomba em uma região a cerca de 25 quilômetros ao norte da cidade de Shindad.
Segundo o Estado-Maior de Defesa da Itália, os quatro homens que sobreviveram ao ataque foram levados rapidamente para um hospital militar da base Shaft, de Shindand, mas ficaram "gravemente feridos".
O presidente italiano, Giorgio Napolitano, expressou por meio de um comunicado sua profunda comoção com a notícia do atentado e manifestou seu sentimento de solidariedade à dor dos familiares do militar morto, além de votos de boa sorte para os que ficaram feridos.
Por sua vez, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, classificou essa situação como "um tormento, um calvário" e ponderou que "todas as vezes nos perguntamos se este sacrifício, que envolve o parlamento com votação unânime e todo o povo italiano, que está em um país ainda medieval, é um esforço que trará resultados positivos".
Com a morte ocorrida hoje, saltam para 37 o número de militares italianos falecidos na missão da Isaf que operam no Afeganistão desde 2004, a segunda ocorrência apenas em 2011. A maioria foi vítima de atentados em troca de tiros, alguns morreram em incidentes e por doenças e um se suicidou. O ano de 2010 foi o mais violento, com 13 vítimas fatais.
O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, declarou que "a Itália paga de novo sua cara contribuição pelo empenho na luta cotidiana contra o terrorismo internacional".
Ele lembrou que o acontecimento de hoje coincide com as eleições para o presidente do parlamento afegão, a Wolesi Jirga, "mais um passo no processo de transição" em que "nossos soldados se empenham" com o objetivo de "criar a necessária condição de segurança" no país, observou o chanceler.
No entanto, ele colocou que "este preço, em termos de vidas humanas, torna-se mais amargo com o resultado político alcançado". No ano passado, as autoridades italianas anunciaram que planejam retirar seus efetivos do Afeganistão, que atualmente somam cerca de 3.000, ainda neste ano.